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Se a reciclagem tradicional não é novidade para ti e estás a pensar entrar no mundo da compostagem doméstica, é normal que te interrogues sobre qual a melhor técnica a adotar mediante o espaço que tens em casa.

A boa notícia é que a compostagem de resíduos orgânicos domésticos, oriundos das cozinhas e jardins familiares, pode ser feita em qualquer habitação. O facto de viveres numa moradia ou num apartamento vai apenas influenciar a maneira como tratas dos resíduos.

Um dos benefícios da compostagem é que vai reduzir a quantidade de resíduos biodegradáveis em aterros sanitários. É aí que muitos dos resíduos que produzimos são acomodados e se decompõem, originam gás metano, bastante poluente para o meio ambiente.

Ao optares pelo tratamento do lixo doméstico, estás a criar adubo orgânico e a contribuir para um solo muito mais saudável, a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa e ainda conservas água.

Para isso, o primeiro passo é perceberes como a compostagem caseira deve ser realizada.

Compostagem caseira: como fazer e por onde começar?

Seja por curiosidade, para mitigar a ecoansiedade ou porque já és adepto da reciclagem tradicional, e queres ir mais além, fazeres compostagem em casa é um contributo sustentável para o planeta e uma ótima decisão ambiental.

Segundo as indicações da legislação portuguesa em vigor, fazer compostagem em casa exige algumas medidas para que tenha os resultados pretendidos. Por isso, regra geral, eis o que precisas de fazer:

• Cortar os resíduos que vais colocar no teu compostor doméstico;
• Colocar ramos grossos no fundo do teu recipiente;
• Adicionar uma camada de alguns centímetros com cascas de batata ou folhas secas (os ditos ‘castanhos’, como as cascas de frutos secos ou restos de ramos de podas);
• Acrescentar bastante terra ou um composto próprio (sem isso, o processo de compostagem não vai acontecer devido à inexistência de microrganismos);
• Adicionar uma camada de ‘verdes’, como borras de café ou restos de vegetais crus;
• Cobrir os ‘verdes’ com outra camada de resíduos ‘castanhos’;
• Molhar cada camada que acrescentes;
• Seguir esta ordem de ‘castanhos’ e ‘verdes’ até o teu compostor ficar cheio de matérias-primas;
• Dar primazia aos resíduos ‘castanhos’ como a última camada a depositar no compostor (para evitares cheiros desagradáveis e não atraíres insetos).

Os melhores tipos de compostagem doméstica

Compostagem termofílica

Se vives numa casa com jardim ou quintal, esta técnica é a mais adequada para ti. A compostagem termofílica exige espaço e, embora seja possível realizá-la em espaços mais pequenos, como varandas, é importante ter cuidado com o odor que pode advir da tua caixa de compostagem caseira.

Nessa técnica, a matéria orgânica decompõe-se e a temperatura pode chegar aos 60º C, devido aos microrganismos termofílicos que se alimentam da biomassa. Então, como a podes pôr em prática?

• Escolhe um bom local: deves fazer esta compostagem doméstica num local com boa drenagem e exposição ao sol;
• Mantém o equilíbrio de matéria orgânica: uma proporção adequada entre materiais ‘verdes’ (ricos em nitrogénio, como restos de cozinha) e materiais ‘castanhos’ (ricos em carbono, como folhas secas e palha) ajuda a manter a temperatura ideal e a acelerar a decomposição;
• Fica atento aos níveis de humidade: podes apostar num compostor próprio para que os níveis de humidade fiquem equilibrados (os resíduos devem estar húmidos, mas não encharcados);
• Vira o composto com regularidade: arejar o composto é fundamental para a atividade dos microrganismos e é por isso que virá-lo regularmente é importante para garantir a entrada de oxigénio;
• Vigia a temperatura: podes usar um termómetro para monitorizar a temperatura interna do composto (a temperatura ideal fica entre os 55º C e 65º C).

Na compostagem termofílica, podes usar restos de frutas e legumes, borras de café e aparas de relva frescas (resíduos ‘verdes’) e folhas secas, palha e feno (resíduos ‘castanhos’).

Neste estilo de vida mais sustentável, nunca é demais relembrar que não deves usar restos de carne, óleos, gorduras, produtos lácteos, fezes de animais nem materiais plásticos.

Esses tipos de biomassa devem ser colocados num biodigestor residencial, em que podes colocar restos de alimentos e fezes sem qualquer problema.

Compostagem acelerada

Tal como o próprio nome indica, a compostagem acelerada é uma técnica rápida para obteres fertilizante natural de alta qualidade. A melhor parte? Esta compostagem caseira de lixo orgânico doméstico pode ser feita em casas com jardins ou em apartamentos com varandas.

Apenas tens de adaptar a tua caixa de compostagem doméstica mediante o espaço disponível e teres acesso a uma fonte de materiais orgânicos.

Na compostagem acelerada, os microrganismos aeróbios decompõem a matéria orgânica, transformando-a em húmus. Ao controlar fatores como humidade, temperatura e proporção de carbono e nitrogénio, é possível acelerar bastante esse processo biológico.

Os passos são semelhantes aos da compostagem termofílica. Tem atenção a dois pormenores:

• Escolhe bem o compostor: mediante o espaço doméstico, escolhe um recipiente apropriado mediante a quantidade de resíduos que produzas em casa;
• Segue as instruções: o teu compostor tem que ter uma boa ventilação e drenagem.

Podes usar resíduos de descasque de fruta (‘verdes’) e cascas de frutos secos (‘castanhos’).

Vermicompostagem

A compostagem com minhocas, ou vermicompostagem, pode ser bastante interessante se não te importares de ter em casa animais invertebrados.

Mesmo que mores num apartamento pequeno, podes fazer vermicompostagem sem grandes problemas. As minhocas devem estar protegidas do sol e da chuva e, para isso, precisas de escolher um local abrigado e escuro.

As minhocas alimentam-se dos resíduos orgânicos e transformam-nos num adubo de alta qualidade, conhecido como húmus de minhoca ou vermicomposto. Em poucos meses, terás húmus para as tuas plantas.

Para fazer vermicompostagem, precisas de:

• Recipiente próprio: como podes usar esta técnica em espaços pequenos, podes escolher um compostor para apartamento com as medidas que achares mais adequadas;
• Minhocas específicas: a espécie mais utilizada é a Eisenia fetida;
• Preparar o composto: podes fazer uma mistura de terra, folhas secas cortadas e estrume para criares o ambiente ideal para as minhocas;
• Acrescentar os resíduos orgânicos: inicia a alimentação das minhocas com pequenas quantidades de resíduos orgânicos cortados;
• Manter a humidade: verifica a humidade regularmente e adiciona água se for necessário.

Compostagem com folhas secas

Se vives numa casa com jardim, esta é a técnica ideal para ti, principalmente se tiveres árvores no quintal.

Podes fazer grandes montes de folhas secas, que serão transformadas em adubo para as tuas plantas. Para esta técnica, apenas precisas de:

• Recolher folhas secas: de árvores saudáveis ou até da tua rua, desde que aparentem ter bom aspeto (descarta aquelas que tenham sinais visíveis de pragas);
• Preparar um monte de folhas: escolhe um local do teu jardim com boa drenagem e protegido do sol;
• Alternar as camadas: para acelerar o processo de decomposição desta compostagem orgânica, alterna entre camadas de folhas secas com camadas de materiais verdes, como ervas daninhas sem semente ou restos de cozinha picados.

A compostagem com folhas secas tem vários benefícios, desde o adubo orgânico gratuito até à melhoria da qualidade do solo. Pode ser um processo lento até dar frutos, mas vais ficar com um jardim mais verde e sustentável.

Compostagem automática

A tecnologia e a sustentabilidade andam de mãos dadas em prol do ambiente e é nesse cenário que entra um equipamento chamado compostor automático. Este equipamento pode ser instalado na cozinha ou varanda do teu apartamento ou, se morares numa casa, colocá-lo na garagem ou nos espaços exteriores também é possível.

É fácil de usar e não exige tanto trabalho como a compostagem doméstica manual, além de garantir a produção de um composto de alta qualidade num curto período de tempo.

Isso é possível graças à tecnologia do compostor automático, como aquecimento, ventilação e mistura dos materiais, que aceleram o processo de decomposição dos biorresíduos.

A maioria dos compostores automáticos aceita uma gama ampla de resíduos orgânicos, incluindo:

• Restos de cozinha, como borras de café, saquetas de chá e cascas de frutas e legumes;
• Resíduos de jardim, como folhas secas ou aparas de relva secas;
• Papel de cozinha usado e não contaminado;
• Aparas de madeira e serradura, não contaminada ou tratada quimicamente.

Onde podes arranjar um compostor doméstico

Em Portugal, a compostagem caseira está em franco crescimento e existem alguns apoios espalhados pelo país que te podem permitir requisitar compostores domésticos.

Podes encontrar apoio nos municípios e em empresas de gestão de resíduos. Por exemplo, a LIPOR intervém nos seus municípios associados e oferece compostores e baldes aos cidadãos que os requisitem.

Informa-te na tua Câmara Municipal e tira as tuas dúvidas junto a organizações como a Quercus e a Zero, que podem oferecer apoio técnico, contribuir com mais informações sobre a compostagem doméstica e alimentar a tua literacia ambiental.

O contributo dos biorresíduos

Os biorresíduos usados na compostagem caseira contribuem para a economia circular da mesma forma que os biocombustíveis avançados. Como? É simples. O princípio é o mesmo: prolongar o ciclo de vida útil dos resíduos que, de outra forma, iriam parar ao lixo sem qualquer tipo de tratamento.

O biodiesel é um exemplo de um biocombustível avançado que também contribui para uma transição verde, sinónimo de boas práticas sustentáveis como é o caso da compostagem doméstica. Para que tudo seja reaproveitado, recolhemos Óleos Alimentares Usados (OAU) para produzirmos biocombustíveis de qualidade.

Através do nosso projeto PRIO Ecowaste, podes depositar os óleos que já não usas em recipientes próprios para o efeito e ajudar-nos nesta iniciativa ambiental que promove a sustentabilidade e a proteção do nosso planeta.

Tens à tua disposição o oleão simples, para garrafas de plástico até seis litros, e o oleão avançado, para garrafas exclusivas PRIO. Este último encontras nos postos PRIO, onde podes solicitar gratuitamente o mini-oleão para teres em casa.

Vamos combater o desperdício juntos e criar algo novo?


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