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Neutralidade carbónica em 2050: este é o objetivo fixado pela União Europeia a todos os Estados-membros e Portugal não é exceção. Este plano de transição energética é transversal a todos os setores e a mobilidade sustentável é uma das metas a atingir. Até termos veículos movidos a energia 100% verde nas estradas, os biocombustíveis são um passo importante neste caminho rumo à descarbonização de um dos setores mais poluentes. Queres saber mais sobre os biocombustíveis em Portugal?

Para começar, lembra-te que numa comparação entre biocombustíveis e combustíveis fósseis, os primeiros ganham por reduzirem a emissão de gases com efeito de estufa, diminuírem a poluição nas cidades e a dependência do país da importação de petróleo. Desta forma, impulsiona-se o crescimento económico, fortalecendo a segurança energética.

Ainda assim, vai ser necessário algum tempo para conseguirmos substituir totalmente os veículos com motor a combustão. A solução continuará a passar por incorporar os biocombustíveis renováveis nos combustíveis fósseis convencionais. Apesar das vantagens óbvias, há ainda muitos desafios no horizonte, o que tem levado ao desenvolvimento e implementação de novos biocombustíveis, bem como à introdução de novas regras por parte dos Estados e da União Europeia.

Biocombustíveis em Portugal rumo à transição energética

Derivados da biomassa, os biocombustíveis podem ser de primeira geração – incluem cereais e culturas açucareiras e oleaginosas, por exemplo – ou avançados, produzidos a partir de resíduos alimentares, industriais ou de detritos. É neste grupo que se encontram:

• os biocombustíveis de segunda geração, em que são usadas todas as formas de biomassa lignocelulósica, incluindo resíduos agrícolas e industriais;
• os biocombustíveis de terceira geração, criados a partir de algas;
• os biocombustíveis de quarta geração, que retiram dióxido de carbono da atmosfera, transformando depois esta biomassa em combustível a partir de técnicas de segunda geração. Além de serem renováveis, são considerados carbono-negativo.

Políticas, incentivos e desafios aos biocombustíveis em Portugal

Em 2005, e uma vez que o país estava muito dependente do consumo de gasóleo, Portugal incentivou a criação de um aglomerado de produtoras nacionais de biodiesel, entre as quais se contava a PRIO. Hoje, a PRIO é a maior produtora de biocombustíveis em Portugal, representando cerca de 27% do seu negócio.

Depressa se percebeu que o ideal é o uso dos biocombustíveis avançados, muito menos poluentes. Além disso, os biocombustíveis de segunda, terceira e quarta geração, não competem pela produção alimentar e ainda promovem a economia circular, já que aproveitam matérias-primas residuais.

Por isso, tanto em Portugal como no resto da Europa, a transição energética entrou numa nova fase com a aposta nestes biocombustíveis avançados. Contudo, importa recordar que o caminho dos combustíveis sustentáveis ainda é longo: em 2021, quase 93% da energia utilizada no transporte rodoviário e ferroviário na União Europeia era proveniente de combustíveis fósseis, de acordo com um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas Europeu.

Em Portugal, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), revelou que a produção de biocombustíveis era quase exclusivamente de substitutos do gasóleo (FAME, sigla inglesa para esteres metílicos de ácidos gordos, e HVO, proveniente de óleos alimentares usados, e que dão origem ao biodiesel), havendo ainda uma produção residual de bionafta (substituto da gasolina), de biopropano e de bioetanol. A produção destes biocombustíveis estava em queda face a 2021.

Como acelerar a transição energética europeia?


Com um panorama cinzento, a União Europeia introduziu uma nova diretiva comunitária, que reviu os objetivos e as condições para a década 20-30, que se tornaram mais ambiciosos e restritivos para todos os Estados-membros. A ideia é conseguir uma rápida e justa transição energética no setor dos transportes.

Trata-se da Diretiva das Energias Renováveis II (RED II), que estabelece metas para a incorporação de energia renovável nos transportes, que tem também implicações significativas na produção de biocombustíveis em Portugal.

• Metas e limites: até 2023, a quota mínima de incorporação de energia renovável era de 14% em todos os Estados-membros. A boa notícia é que o território nacional fixou esse valor em 20%. No entanto, se Portugal se limitar a cumprir a quota exigida, isso será um retrocesso, já que pode implicar perdas no potencial da indústria nacional. Também no que toca à incorporação de biocombustíveis avançados e biogás, a Diretiva define que a meta deveria ser de, pelo menos, 0,2% em 2022, 1% em 2025 e 3,5% em 2030. Em 2020, Portugal estabeleceu em 0,5% a meta de incorporação de biocombustíveis em teor energético, impulsionando mudanças significativas;
• Desafios e oportunidades: se já concretizámos esta meta, naõ deveríamos incentivar metas ambiciosas para os biocombustíveis avançados no futuro? Ou estabelecer metas próprias mais ambiciosas, indo além das fixadas pela RED II? Parece que a indústria nacional decidiu seguir em sentido inverso e, em 2022, a Comissão Europeia acabou por apontar o incumprimento do Governo português na transposição da diretiva.

Biocombustíveis em Portugal: produção local ou importação?

Ainda assim, de acordo com a Entidade Nacional para o Setor Energético, em 2023, os biocombustíveis voltaram a cumprir o seu papel em Portugal ao atingirem as metas de energias renováveis no consumo final do setor dos transportes rodoviários. Ou seja, foi cumprida a meta obrigatória de 11,5% de incorporação em teor energético. No entanto, se o país vai cumprindo as metas de incorporação de biocombustíveis, a verdade é que pode ir mais longe. E tudo porque não está a usar toda a sua capacidade de produção de biocombustíveis, revelou a Associação de Bioenergia Avançada (ABA).

Os nove grandes produtores de biocombustíveis a nível nacional, dos quais a PRIO faz parte, têm capacidade para produzir 770.000 m3 de combustíveis por ano. No entanto, em 2021, ficaram-se por 275.000 m3. Feitas as contas, fica a pergunta: como é cumprida a meta de incorporação de bicombustíveis? Porque à produção local se soma a importação de biocombustíveis. Uma situação que pode ser revertida, já que há capacidade instalada no país para satisfazer a procura, como defende a ABA.

Mas esta associação coloca o dedo na ferida numa outra questão: a existência de fraudes no que toca à origem destas matérias-primas. Por isso, é importante que haja fiscalização no setor, uma tarefa que cabe ao LNEG, que realiza auditorias anuais aos produtores e incorporadores e passa em revista uma série de parâmetros, como os produtores, a origem e processamento de matérias-primas, e as emissões de gases com efeito de estufa ao longo da cadeia de produção.

Ainda assim, continua a faltar a certificação nos países de origem destas matérias-primas, em particular nos países fora da União Europeia. Ou seja, tudo indica que é urgente a introdução de mecanismos de certificação mais robustos.

Sustentabilidade e inovação

Se é importante criar mecanismos de fiscalização e regulação dos biocombustíveis, é também fundamental o investimento em investigação e desenvolvimento destes combustíveis amigos do ambiente. As razões para isso são várias:

• Criação de biocombustíveis mais eficientes e com menor impacte ambiental, o que inclui a melhoria do processo produtivo, a otimização da conversão de matérias-primas e o aumento da eficiência energética;
• Diversificação de matérias-primas para biocombustíveis renováveis, o que abre caminho ao uso de matérias menos convencionais e potencia a economia circular;
• Redução de custos e o aumento da competitividade dos biocombustíveis face aos combustíveis fósseis;
• Promover a inovação tecnológica, que se traduz em novas formas de produção, armazenamento e distribuição de biocombustíveis.

O papel da PRIO na produção nacional de biocombustíveis

A PRIO é uma das empresas que, logo no início, apostou na produção de biocombustíveis em Portugal, o que comprova o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a coloca na liderança da transição energética no país.

A produzir todos os anos até 100.00 toneladas de biocombustíveis, a PRIO lidera a transição energética acessível em Portugal e é a maior produtora nacional de biocombustíveis a partir de matérias-primas residuais. Opera e abastece uma rede de mais de 250 estações de serviço em todo o país. Aliás, é, em Portugal, que fica a quase totalidade da produção da PRIO, seguindo para exportação apenas cerca de 20%.

O rigoroso controlo de qualidade da fábrica da PRIO, em conjunto com fortes investimentos em investigação e desenvolvimento, leva a que o biocombustível PRIO seja produzido de acordo com as mais avançadas tecnologias, garantindo a qualidade do produto final.

Por isso, qualquer motor movido a combustíveis PRIO mantém o seu desempenho, diminuindo, ao mesmo tempo, o impacte ambiental.

As estrelas da transição digital

É desta fábrica que sai o TOP DIESEL, que incorpora 7% de biocombustível (B7), de acordo com as normas europeias, e aumenta a rentabilidade do motor do teu carro, consumindo menos. Em comparação com o gasóleo convencional, este biocombustível da PRIO garante maior potência, maior poder lubrificante e melhor proteção contra a corrosão.
 
O ECO Diesel (B15) é outra das apostas da PRIO a pensar numa mobilidade mais sustentável, reduzindo até 18% as emissões de gases com efeito de estufa. Trata-se de um combustível inovador e ecológico que otimiza a performance das viaturas a diesel, já que o veículo faz mais quilómetros e tem maior eficiência na combustão. A sua fórmula tecnologicamente avançada permite maior lubricidade e reduz gastos com manutenções.

Para os próximos anos são esperados novos produtos, com maior incorporação de combustíveis renováveis. Isto porque, até 2030, 30% da energia que alimenta o setor dos transportes tem de ser renovável. Ou seja, é a legislação a impor a substituição do gasóleo e da gasolina por energias alternativas.

No entanto, a mais recente novidade da PRIO é também a mais sustentável. Trata-se do ZERO Diesel, composto por energia 100% renovável, e que já está disponível em alguns postos de abastecimento. O objetivo é colocá-lo em toda a rede, dando assim um contributo ainda maior para a mobilidade sustentável.

Visando o crescimento, a PRIO planeia investir 26 milhões de euros até 2026 na transição energética. O mapa de investimentos já está desenhado:

• seis milhões serão canalizados para novos tanques e para transformar o terminal no porto de Aveiro, que foi desenhado para combustíveis fósseis tradicionais;
• cinco milhões para otimizar o processo e incorporar novas matérias-primas;
• 15 milhões para criar uma nova unidade industrial.

Pronto para escolher combustíveis sustentáveis?

Com uma vasta oferta de biocombustíveis renováveis já disponíveis, está também nas mãos dos consumidores optar por estes produtos mais sustentáveis e amigos do ambiente. Ainda tens dúvidas sobre as suas vantagens? Recapitulemos algumas das mesmas:

• redução de emissões: produzidos a partir de fontes renováveis, os biocombustíveis reduzem a emissão de gases com efeito de estufa. Além disso, usam a mesma infraestrutura dos combustíveis fósseis e não exigem alterações nos motores automóveis;
• fortes investimentos em marcha: é um setor onde estão previstos investimentos superiores a 2 mil milhões de euros em Portugal, nos próximos anos, o que se traduz em mais e melhores produtos e, até, mais postos de trabalho nesta indústria;
• metas de incorporação em crescendo: o seu aumento pode acelerar e aproveitar todo o potencial da produção de biocombustíveis em Portugal, cumprindo mais cedo a meta da transição energética.

Tudo isto prova que os biocombustíveis em Portugal são uma solução pronta para impulsionar a sustentabilidade e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.


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